PLANTAS DE CASA

Formas na versão do utilizador de observar e cuidar de plantas de interior.

Diversos assuntos serão abordados neste blogue destinado a todos os que gostam de plantas e que somente possuem uma pequena varanda ou o espaço interno da casa para as colocar.

De uma forma simples, irei revelando pequenas dicas e conselhos sobre como desfrutar melhor das mesmas pela auto experiencia e observação de resultados de outras pessoas que jamais compraram um livro de plantas ou de jardinagem.

Por todo este blogue é possivel tambem encontrar outros textos relacionados com plantas e links direcionados a outras paginas de grande interesse sobre este assunto, visita-os para informações adicionais!...




EEem.

.
.

24/03/12

ARVORES DE FRUTO EM VASO 1

Flor de Clementina Fina

Esta é a flor de uma pequenina árvore de Clementina que comprei e decidi plantar em vaso. Tenho-a colocada na varanda virada a Sul e vamos ver como se dá...
A Clementina em questão é da variedade Fina e apesar de todos me dizerem que era um erro plantar a árvore em vaso e que ela nada daria em frutos, eu decidi arriscar e fazer a experiência. O facto é que a plantei em no fim de Janeiro (Portugal) e pela altura deste post ela já deu algumas flores, super aromáticas, e parece querer dar algumas clementinas, a ver vamos se os outros tinham razão ou não.

Clementina em flor


Obviamente que não estou á espera que me apresente uma colheita de frutos tal que até os consiga vender, (lol), mas se conseguir meia dúzia já me considero um vitorioso, alem do mais sei que a árvore nunca crescerá ao seu tamanho normal  e ficará como uma árvore miniatura, pelo menos assim espero.

Clementina


Tudo é uma novidade!


Entretanto e talvez impelido pela negatividade dos meus amigos, acabei também por adquirir uma Laranjeira da variedade Newhall, um Damasqueiro na variedade Canino e possuo também um Limoeiro da variedade Eureka que me foi oferecido por uma vizinha.


Tudo foi plantado na mesma altura e tudo está com ar de que veio para ficar; a Laranjeira não tem flores mas deu novos rebentos e o Limoeiro apesar de ter perdido algumas folhas está a encher-se de flores. Já com o Damasqueiro a coisa está mais parada e nem um rebentinho que seja ele me apresentou.
Estranho, porque geralmente ele rebenta na mesma altura do que os Pessegueiros e esses já estão a perder as flores para iniciarem o fruto.


Falando com um "entendido", fui informado que existem muitas variedades de Damascos e nem todos aparecem na mesma altura, talvez o meu seja tardio... Ok, mas nem uma folhinha ainda!? Morto não está que eu já andei a ver e está verdinho até ao ramo mais alto!
Clementina em vaso branco


Os vasos onde plantei as árvores são altos, bem drenados e comportam¨+/- 100 litros de terra, parece-me bem!...

25/07/11

ESPINAFRES

Reconhecida como uma das hortaliças mais nutritivas, é indicado para pessoas anêmicas e também ajuda a controlar a pressão arterial
Texto João Mathias
Consultor Geovani Bernardo Amaro*



Os fãs do desenho animado Popeye sabem o quanto o espinafre faz bem: toda vez que vai enfrentar Brutus, o inimigo fortão, para salvar sua amada Olívia Palito, o marinheiro recorre a um punhado dessa folhagem para ganhar mais força. E não é para menos: a hortaliça é rica em ferro, vitaminas A, B1, B2, B5, C, D, E, K, cálcio, fósforo, potássio, magnésio, ferro, sódio, enxofre, cloro e silício.

Por conta de todas essas propriedades, é indicado para pessoas com anemia e desnutrição, além de ajudar no combate à pressão arterial alta e cálculos renais.

Existem dois tipos de espinafre, originários de diferentes regiões. Um deles pertence à família Chenopodiaceae, é nativo do sul da Ásia e foi levado para a Europa no início do século 12. O outro, mais fácil de ser encontrado no Brasil, é da família Aizoaceae, com origem na Nova Zelândia e Austrália. É cultivado principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

A hortaliça é fácil de plantar, pois não exige muito espaço (dependendo da variedade). Uma opção para locais com pequena área disponível é o uso de caixas com altura de 20 a 25 centímetros.


O cultivo da hortaliça é simples, já que não é das mais exigentes; é também rústica, com boa resistência a pragas e doenças

O espinafre também é rústico e tem resistência a muitas pragas e doenças. Contudo, lagartas e insetos são seus maiores inimigos. Eles comem as folhas ou sugam a planta. Deixar a horta sempre limpa ajuda a evitar a presença dos invasores.

O espinafre pode ser consumido em saladas, sopas, suflês, omeletes e no recheio de tortas, massas e quiches. O melhor é utilizar as hortaliças com folhas verdes uniformes, sem sinais de murchamento e pontos escuros. Como tem durabilidade baixa, o espinafre precisa ser conservado no frigorifico, onde se mantém por no máximo cinco dias, mas de preferencia deveria ser imediatamente consumido assim que é colhido.
*Engenheiro agrônomo, pesquisador da Embrapa Hortaliças, Rod. BR 060, km 9, Caixa Postal 218, CEP 70359-970, Brasília, DF, tel. (61) 3385-9000, geovani@cnph.embrapa.br

RAIO X
Plantio: o ano todo com o clima certo
Solo: leve e fértil, com textura média
Temperatura: de 17 a 20 graus
Colheita: de 60 a 80 dias após o plantio
Produção: de 4 a 6 maços por metro quadrado

MÃOS À OBRA
Clima - Regiões com temperaturas entre 17 e 20 graus são ideais para cultivar espinafre. Se o clima for mais quente, no Brasil por exemplo, o plantio é preferencialmente feito entre março e julho. O excesso de calor prejudica o crescimento da hortaliça e facilita o florescimento precoce. No entanto, há cultivares mais tolerantes, que podem ser plantadas o ano inteiro.

Cultivo - Pode ser feito por meio de sementes plantadas diretamente no solo ou em sementeiras, para depois serem transplantadas para o canteiro. A hortaliça gosta de solos leves, de textura média, férteis e adubados a partir da análise de fertilidade.

Preparo - Em um vaso é possível cultivar a planta desde que haja espaço e sol, mas em canteiros de cinco a dez metros quadrados há melhor aproveitamento para diversificar com cebolinho, salsa, couve, alface e cenoura. O cuidado básico em hortas grandes é incorporar, de quatro em quatro anos, de 100 a 150 gramas de calcário. Ponha, a cada ano, cinco quilos por metro quadrado de esterco bovino curtido, com 100 a 150 gramas por metro quadrado de adubo NPK (formulação 4-14-8).

Adubação - Na de cobertura são necessárias duas aplicações de 20 gramas por metro quadrado de sulfato de amônio ou NPK (10-0-10). A primeira deve ser realizada 30 dias e a segunda, 50 dias após a germinação.

Semeadura - Para acelerar a germinação, deixe as sementes imersas em água por 24 horas antes de serem plantadas. No plantio direto, coloque de duas a três sementes por cova, com profundidade de um a dois centímetros. O espaçamento entre covas pode mudar de acordo com a época do cultivo e variedade cultivada, entre outros fatores. As embalagens de sementes oferecem indicações preciosas sobre as variedades... Experiências na Embrapa Hortaliças obtiveram sucesso com espaços de 30 x 20 e de 30 x 30 centímetros.

Sementeira - Se esta for a opção de plantio, distribua as sementes em bandejas de isopor (esferovite) um mês antes do transplante, até que apresentem quatro ou cinco folhas.

Irrigação - Faça regas diárias de cinco litros por metro quadrado nos primeiros 40 dias. Após este período, amplie para dez litros o metro quadrado a cada dois dias até a colheita, que ocorre até 80 dias após o plantio. Corte os ramos maiores, com 35 centímetros, e que tenham cor verde-escura.

Custos - Variam segundo a tecnologia e a região. Podem ser encontradas bandejas de isopor com 128 mudas a preços que vão de 4 a 8€, com a devolução da bandeja. Na compra de sementes, o preço médio é de 0,60€ por cinco gramas. Para cobrir um hectare, são estimadas 35 gramas de sementes, porém, muitas hortas semeiam só uma vez. Após a primeira semeadura e crescimento, não são apanhadadas todas as plantas, sendo que as plantas que ficam produzem as próprias sementes que caem no solo e germinam novas mudas.


Mais informações: IAC - Instituto Agronômico de Campinas, Caixa Postal 28, CEP 13012-970, Campinas, SP, tel. (19) 3241-5188; outras orientações sobre cultivo de espinafre, entre em contato com a Emater - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do seu estado e também com os engenheiros agrônomos de prefeituras municipais
Fonte total: http://revistagloborural.globo.com/

20/07/11

DIÓSPIRO / CAQUI (KAKI)


Caqui ou Dióspiro
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ericales
Família: Ebenaceae
Género: Diospyros
Espécie: D. kaki


O Caqui(brasileiro) ou Dióspiro(português) é o fruto do caquizeiro ou diospireiro (Diospyros kaki, L.f.), uma árvore da família Ebenaceae. O nome Diospyros tem origem no grego dióspuron que significa alimento de Zeus.


Originário da China e muito popular no Japão, o Diòspiro (Caqui, em Brasil) é uma fruta bastante doce. Sendo uma fruta de caldo, contém grandes quantidades de água em seu interior.


Actualmente, mais de 800 variedades de dióspiro são cultivadas um pouco por toda a Europa (Portugal, Espanha, Itália) e na América do Sul.
Como exemplo: A variedade vermelha, quando maduro, é muito doce e mole, precisa de muito cuidado no transporte para não amassar. A variedade conhecida como caqui-chocolate é de cor alaranjada e no interior tem riscas cor de chocolate, é mais duro e resistente, e não é tão doce quanto o vermelho.
O seu sabor é muito característico, sendo uma mistura de pêssego com pêra.
Um Dióspiro possui o tamanho aproximado de uma maçã, porém assemelha-se muito com o tomate. Tem cerca de 80 calorias a cada 100 g, e quantidades moderadas de fibra solúvel (denominada pectina), de carotenos (pro-vitamina A) que é um dos principais antioxidantes utilizados contra o envelhecimento, potássio, vitaminas B1, B2 e E, além de cálcio, ferro e proteínas, é considerado alcalinizante e antioxidante. Por isso é bastante utilizada no cardápio dos desportistas. É constituído principalmente por água, tal como a maioria das frutas.
É rico em hidratos de carbono, sobretudo frutose, o que determina o seu valor energético moderado e o seu sabor doce.
Rico ainda em taninos (substância adstringente), especialmente quando não está demasiado maduro.
A pectina e a mucilagem que contem, conferem-lhe propriedades suavizantes e protectoras da mucosa intestinal.


Fruta de sabor doce e agradável, contém vitamina A, B1 e B2, além de quantidade considerável de fibras que regulam as funções intestinais.
A vitamina A é indispensável à vista, conserva a saúde da pele, evita infecções, auxilia o crescimento e faz parte da formação do esmalte dos dentes.
A vitamina B1 tonifica o músculo cardíaco e ajuda a regular o sistema nervoso e o aparelho digestivo.
A vitamina B2 é essencial ao crescimento, evitando ainda a queda de cabelos.


É muito recomendada contra afecções do fígado, problemas intestinais, catarros da bexiga e as enfermidades das vias respiratórias. As pessoas que sofrem do estômago e que apresentam manifestações de acidez, dores ou cãimbras, melhoram contendo 2 ou 3 caquis por dia.
O Caqui-chocolate é mais resistente e apresenta-se na cor alaranjada. Para que não perca as suas qualidades nutritivas, essa fruta deve ser consumida sempre ao natural.


Propriedades: O Diospiro possui qualidades calmantes, febrífugas, antieméticas e laxativas. O seu uso é conveniente para os que sofrem de desnutrição, tuberculose, anemia, descalcificação, enfermidades das vias respiratórias, catarros da bexiga, transtornos intestinais, afecções do estômago e gastrite infantil.
A fruta pode causar nódoas nas roupas. Para eliminar essas manchas, lave a peça de roupa em água corrente e abundante, esfregando previamente e bem o lugar manchado antes de lavar definitivamente.


O cultivo do Dióspiro é feito em várias partes do mundo de clima temperado e subtropical, uma vez que a planta se desenvolve em regiões mais amenas. O crescimento da arvore ocorre de forma lenta se comparada com outras plantas, assim, a primeira colheita dos frutos geralmente ocorre no 3º ano após o plantio.


Porquê comer Dióspiro?


1-A pectina, uma fibra solúvel encontrada nas frutas, chega ao intestino sofre um processo de fermentação que liberta ácidos gordos de cadeia curta. Estes são responsáveis por efeitos benéficos para a saúde, tais como o controlo da glicemia e dos níveis de colesterol no sangue.
Assim, o Dióspiro ajuda no processo inflamatório da parede do intestino, promovendo uma flora intestinal mais saudável.


2-Possui potássio, que é importante para o controlo da tensão arterial, para o equilíbrio dos fluídos do corpo e para a contracção muscular.
Atenção:
É desaconselhado em casos de insuficiência renal, visto que nesta condição o consumo de potássio é restrito.


3-Devido ao seu conteúdo em água e potássio, tem um leve efeito diurético, pelo que poderá ser benéfico no caso de gota e hipertensão arterial ou em caso de perdas excessivas de potássio, (como durante a utilização de diuréticos).


4-Quase todas as frutas de cor laranja possuem carotenos e este não é excessão... Contém carotenos que o nosso organismo transforma em vitamina A. (A vitamina A é um componente dos pigmentos visuais responsáveis pela recepção de luz na retina dos olhos).


5-Além disso, é importante para uma pele saudável, no crescimento, no desenvolvimento ósseo e para a reprodução.


Curiosidade
É um produto bem de época. Está no mercado ao meio do outono, período da apanha, quando é encontrado com melhor qualidade.
O diospire é rico em açúcar e 100 gramas fornecem 78 calorias É considerado um alimento alcalinizante já que auxilia na melhora dos que sofrem acidez estomacal. Por alusão à cor do fruto, caqui em japonês, significa “amarelo escuro”.


Propriedades Medicinais
O caqui auxilia no funcionamento intestinal devido ao seu teor de fibras e, por ser rico em Betacaroteno, possui ação sobre os dentes, pele, olhos, unhas, cabelos e na defesa do organismo.


Valor Calórico
Varia um pouco mas como exemplo, 100 gramas de Caqui chocolate fornecem 74,4 calorias. Diospiro japonês: 86,7 calorias.


Como Comprar
Na hora da compra, observe se a fruta não apresenta rachaduras, se está firme e de cor uniforme.


Como Armazenar
O Dióspiro só não deve ser lavado na hora de consumi-lo, caso contrário ele azeda facilmente. Quando a fruta não estiver totalmente madura, deixar em local fresco e arejado para completar a maturação. E se estiver madura, conservar no frigorifico por 4 a 5 dias.


Como Preparar
Em geral, o Diospiro é consumido ao natural, mas, pode ser usado na preparação de doces, sumos, compotas e saladas.


Por ser muito adstringente quando verde, só deve ser consumido bem maduro. Rico em sais e vitaminas.


MaisPara acidez estomacal, dores e câimbras, são curadas comendo dois ou três Diospires por dia. Conveniente para os desnutridos, os tuberculosos, os anêmicos e descalcificados. Presta-se também em casos de enfermidades das vias respiratórias, catarros da bexiga e transtornos intestinais.
O chá das folhas da árvore age como calmante e o fruto usa-se em forma de cataplasma para a cura de outros males.
É tambem utilizado no combate da anemia, afecções do estômago; é um bom calmante.


Mais Detalhes
O Diospiro é uma fruta natural da China e do Japão. Foi levado ao Brasil pelos imigrantes japoneses e se ambientou muito bem ao clima e solo.
Quando verde, é amargo e adstringente. Depois de amadurecido, sua polpa fica macia e muito saborosa. Há algumas variedades de caqui que não têm sementes. Há também o caqui chocolate, com polpa escura e mais firme. Em geral, o caqui é consumido ao natural, mas também pode ser usado na preparação de vários tipos de doces.
Muito rico em açúcar e tem um alto teor de vitaminas A e B, além de sais minerais, como ferro, fósforo e cálcio.


Na hora de comprar, prefira o Diospiro meio verde e embrulhe em folhas de jornal para amadurecer. Observe bem se a fruta não está rachada, pois nesse caso o processo de deterioração é muito rápido.
 
A CULTURA DO CAQUI

Engº Agrº Fernando Picarelli Martins - Consultor Técnico

O caquizeiro (Diospyros kaki) pertence à família das Ebenáceas, é originário da Ásia, onde é cultivado há séculos, principalmente na China e no Japão. Daí se espalhou, estando presente em quase todas as regiões de clima temperado e subtropical do mundo.

Caracteristícas da planta
O caquizeiro é planta de porte arbóreo e folhas caducas, que apresenta lento desenvolvimento inicial, mas é efetivamente perene, com longevidade de várias dezenas de anos.

No que diz respeito à frutificação, a maioria das variedades tem tendência para produção de frutos partenocárpicos, ou seja, frutificam mesmo que não haja polinização, do que resulta a formação de frutos sem sementes. O fruto é uma baga, que traz consigo, na base, o cálice persistente e bastante desenvolvido. A cor da casca varia de amarelo a vermelho e, a da polpa, que geralmente é amarelada, pode variar, em certos casos, em função da presença ou não de sementes. O fruto verde é rico em tanino e, o maduro, não apresenta acidez e é rico amido, açúcares notadamente glicose, sais minerais e vitaminas A e C.

Tipos e variedades
As variedades de caqui, de acordo com as características de seus frutos, podem ser enquadradas em três diferentes tipos: taninoso, doce e variável. O tipo taninoso compreende as variedades de polpa sempre taninosa e de cor amarelada, quer os frutos apresentem ou não sementes. As variedades deste tipo indicadas para plantio são: Taubaté, Pomelo e Rubi.

O tipo doce abrange as variedades de polpa sempre não taninosa e de polpa amarelada, tenham os frutos sementes ou não. As variedades recomendadas deste tipo são: Fuyu, Jiro e Fuyuhana.

O tipo variável inclui as variedades de polpa taninosa e de cor amarelada, quando sem sementes e, não taninosa, parcial ou totalmente, quando apresentam uma ou mais sementes. Quando as sementes são numerosas, a polpa é de cor escura, enquanto que nos frutos com poucas sementes, a tonalidade escura aparece ao redor delas, originando o que popularmente é chamado de ’chocolate’. As principais variedades do tipo variável são: Rama Forte, Giombo e Kaoru.

Pragas e doenças
O caquizeiro é planta bastante rústica e, em nossas condições, com poucos problemas fitossanitários. Das pragas, algumas causam prejuízos às plantas e outras aos frutos e, entre elas se destacam: moscas das frutas (Anastrepha spp e Ceratitis capitata), lagarta dos frutos (Hypocala andremona), tripes (Heliothrips haemorrhoidalis), cochonilha (Pseudococcus comstocki), besouro de Limeira (Sternocolaspis quatuordecimcostata), lepidobroca (Leptaegeria sp) e ácaro (Eriophyes diospyri).

Entre as doenças que afetam a cultura, merecem maior atenção: mancha das folhas (Cercospora kaki), antracnose (Colletotrichum gloeosporioides), galha da coroa (Agrobacterium tumefaciens) e podridão das raízes (Rosellinia sp). Tanto no caso da pragas, como no das doenças, o controle deve ser preventivo e feito com defensivos específicos, registrados para a cultura do caquizeiro.


O caquizeiro se desenvolve bem nos mais variados tipos de solos, desde que sejam dotados de boa capacidade de retenção de umidade. As condições mais propícias, no entanto, são encontradas nos solos areno-argilosos, profundos e bem drenados.

Trata-se de planta tipicamente subtropical, com ampla capacidade de adaptação às nossas condições ambientais. Embora seja uma espécie de folhas caducas, como são as fruteiras de clima temperado, sua área de cultivo costuma se estender pelas mesmas regiões de cultivo das plantas cítricas, exigindo precipitações anuais entre 1.000 e 1.500 mm.

Propagação
A instalação do pomar deve ser feita com mudas enxertadas. Os porta-enxertos mais usados são os obtidos de sementes das próprias variedades comerciais (Diospyros kaki); eles apresentam sistema radicular pivotante, com poucas raízes secundárias e, em razão disso, se adaptam melhor aos terrenos profundos e bem drenados, não tolerando solos superficiais ou baixadas úmidas.

O processo mais comumente empregado para a enxertia da variedade escolhida, é o da garfagem de fenda cheia ou lateral, no topo de porta-enxertos com idade entre um e dois anos, e proporciona melhores resultados quando realizado durante os meses de julho e agosto.

Implantação do caquizal
O terreno onde vai ser instalado o pomar deverá estar limpo de mato ou restos de outras culturas. É recomendável submetê-lo a uma aração profunda, seguida de gradagem, antes da abertura das covas. A calagem, se necessária, deverá ser feita por ocasião do preparo do terreno, de modo que o corretivo seja incorporado ao solo quando da realização da aração e da gradagem.

O espaçamento de plantio varia, sobretudo, em função da variedade a ser cultivada. Para as dos tipos taninoso e variável, cujas plantas são vigorosas, os espaçamentos mais usados são de 8 x 7 m, 7 x 7 m e 7 x 6 m. No caso das variedades doces, que apresentam plantas menos vigorosas, com copas menos desenvolvidas, os espaçamentos mais usados são os de 7 x 6 m, 6 x 6 m e 6 x 5 m.

As covas deverão medir 60 x 60 x 60 cm. Resultados satisfatórios são obtidos com a seguinte adubação, por cova, feita pelo menos 30 dias antes do plantio das mudas: 20 kg de esterco de curral bem curtido, 1 kg de calcário magnesiano, 160 g de P2O5 e 60 g de K2O. Em cobertura, a partir do início da brotação das mudas, aplicar 60 g de N, em quatro parcelas de 15 g, de dois em dois meses.

A poda de formação tem por finalidade constituir o esqueleto básico da planta, capaz de suportar pesadas cargas. A muda é plantada de haste única e, no primeiro ano, deixa-se desenvolver 3 ou 4 pernadas, radialmente dispostas no tronco, distantes entre si de 10 a 15 cm, a partir de 50 cm do solo; todos os demais ramos são eliminados rente ao tronco. No inverno seguinte, um ano após o plantio, essas pernadas são encurtadas, a fim de permitir a emissão de ramificações vigorosas. Nos anos seguintes, prosseguem as podas de encurtamento e raleio de ramos, até que se consiga formar a copa da planta.

A poda de inverno, de encurtamento de ramos deve ser evitada nas plantas adultas, uma vez que a frutificação ocorre sempre nos ramos do ano e, os melhores frutos se originam na brotação das gemas terminais dos ramos do ano anterior. Na realidade, o que se pratica é uma poda de limpeza, onde são eliminados os ramos supérfluos, mal situados, doentes e secos. Desbrotas periódicas devem ser realizadas, pelo menos duas durante o ano, ocasião em que são eliminados os brotos em excesso.

Anualmente, deve-se proceder à adubação do caquizal, a fim de serem restituídos ao solo, os elementos dele retirados através da colheita dos frutos, poda dos ramos e queda das folhas. No pomar em formação aplicar em cada planta, anualmente, 10-15 kg de esterco de curral, 40-60 g de N, P2O5 e K2O, por ano da idade. No pomar adulto, a partir do oitavo ano, cada planta deve receber, anualmente, 40 kg de esterco de curral, 300-500 g de N, 150-300 g de P2O5 e 180-360 g de K2O. Em ambos os casos, após a colheita, distribuir o esterco, o fósforo e o potássio, na área correspondente à projeção da copa e misturá-los com a terra da superfície. O escoramento de ramos é necessário no caso de plantas adultas, com grande produção, as quais, muitas vezes, têm seus galhos rompidos.

Colheita e destanização
Instalado o pomar, o caquizeiro entra em frutificação a partir do terceiro ano e daí em diante a produção vai crescendo progressivamente, até por volta do décimo quinto ano, quando praticamente se estabiliza. De um modo geral, uma planta adulta, em culturas bem conduzidas, produz de 100 a 150 kg de frutos, por ano. A colheita dos frutos é feita quando eles perdem a coloração verde e adquirem a tonalidade amarelo-avermelhada, sendo a seguir transportados para galpões, onde são classificados e embalados.

Todos os caquis dos tipos taninoso e, os do tipo variável, quando sem sementes, apresentam polpa taninosa, mesmo quando maduros e, em razão disso, depois de colhidos, precisam sofrer o processo de destanização, para que seja eliminada a adstringência, bastante desagradável ao paladar. Para isso, são usadas as chamadas ’estufas’ ou câmaras de maturação, onde as substâncias mais empregadas para a destanização são: o acetileno produzido pela hidratação do carbeto de cálcio (carbureto comercial), o monóxido de carbono resultante da combustão de serragem, vapores de álcool e etileno.

Comercialização e conservaçãoA produção de diospiro destina-se, na sua quase totalidade, ao consumo como fruta fresca, no mercado interno, para onde é enviada em diversos tipos de embalagem especialmente concebidas para estes frutos.

Quanto à conservação, pesquisas evidenciaram a possibilidade de se poder estender a vida pós-colheita do caqui, pelo uso de frigorificação. O período de conservação depende do grau de maturação dos frutos, da variedade cultivada e das condições de temperatura e umidade relativa observadas na câmara frigorífica.

Industrialização
O caqui se presta para a industrialização, podendo ser usado tanto para preparo de passa, como para a elaboração de vinagre. A passa de caqui é um produto altamente nutritivo, de sabor bastante agradável, cujo consumo, em nosso país, se restringe aos membros da colônia japonesa, talvez devido ao fato de ser produzida em pequenas quantidades. Os frutos destinados à secagem devem ser colhidos ’de vez’, nem muito verdes nem muito maduros, e não precisam ser destanizados. A relação entre o peso dos frutos frescos e o de caqui-passa é de, aproximadamente, 5 para 1.

O caqui pode também ser usado para a produção de vinagre, proporcionando alto rendimento em mosto para fermentação, do qual resulta um produto de qualidade muito boa. A grande vantagem do processo é que ele permite o aproveitamento dos frutos que normalmente são descartados, permitindo a obtenção de 60 litros de vinagre com elevada graduação acética, a partir de 100 kg de caquis maduros.



Nomenclatura binomial
Diospyros kaki
L.f.

Fontes:
http://www.hortifruti.com.br/
http://www.pt.wikipedia.org/
http://www.vitaminasecia.hpg.ig.com.br/
http://www.todafruta.com.br/
http://www.educar.sc.usp.br/
www.plantaservas.hpg.ig.com.br
Exigências de clima e solo

19/07/11

SEGREDOS DAS PLANTAS


Dicas Mágicas

Segundo Maly Caran, nas últimas décadas, o homem e a civilização industrial nos afastaram do seio de nossa mãe natureza, dessa grande dispensa nutritiva e curativa que é o reino natural. Em troca nos oferecem produtos se uma química absurda feitos com a mais moderna tecnologia, que dizem acabar com a doenças, mas que promovam efeitos colaterais nem sempre agradáveis e equilibrados.


Maly afirma que os diferentes aromas e formas estimulam sensação de bem-estar e, ajudam a atrair coisas boas para o dia-a-dia. Vejam alguns:


Alho - tradicional amuleto de protecção e boa sorte. Na Roma Antiga, era mastigado cru antes de os soldados irem para as batalhas, pois dava resistência e força para enfrentar o inimigo. É fácil cultivá-lo em casa, basta enterrar um dentinho num vaso: “O melhor é plantar na cozinha ou manter sempre uma réstia de alho pendurada perto do fogão. Isso mantém a família unida e protegida das más influências”.


Artemísia - erva da vitalidade e do entusiasmo. Ajuda a superar períodos de cansaço ou baixa de energia. O nome vem do grego Artemis, evocando a deusa da fertilidade e da feminilidade: “Quando tive meu terceiro filho, enfeitei a casa toda com essa erva, que protege o momento do parto e das colheitas. É óptima para espantar os maus fluidos, e um galhinho colocado no sapato guarda as pessoas durante longas viagens”.


Arruda - utilizada pelas benzedeiras para espantar o mau-olhado, essa erva de cheiro forte tem efeito protector, simbolizando o arrependimento. É óptimo tê-la por perto pois afasta as invejas e: “Estimula a consciência dos próprios erros e ilumina as decisões mais acertadas”, conclui a herborista.


Malva - planta dos prazeres e da beleza. Suaviza os ânimos, ressalta as características femininas na mulher e desperta a sensibilidade nos homens. Facilmente cultivada em vasos, embeleza a casa e estimula a paixão: “Quando quiser conquistar alguém, coloque folhas de Malva debaixo do lençol. No mínimo, o perfume será muito agradável”.


Manjericão - erva associada à riqueza, à abundância e à boa sorte. Diz a lenda que ter em casa os sete tipos diferentes de manjericão traz dinheiro e prosperidade. “Plante as mudas ou sementes em lugar ensolarado e, quando começarem a crescer, o dinheiro estará chegando”. Os ramos também podem ser usados em arranjos e duram cerca de uma semana na água. Essa erva perfuma e embeleza os ambientes, com efeito estimulante e revitalizador.


Tomilho - uma plantinha cheirosa e de fácil cultivo. Fica bonita em vasos, mas as pequenas folhas secas também aromatizam os ambientes. O nome vem da palavra grega thymia, que significa perfume. Óptima para afugentar melancolia e estimular vigor e lucidez na hora de tomar decisões importantes.


Sálvia - o nome vem do latim, salvare, que evoca a cura. Era com a queima da sálvia que os curandeiros combatiam a peste e purificavam o ar dos ambientes infectados. “Em casa, um vaso de sálvia protege os moradores contra acidentes e doenças graves. A erva seca é usada na defumação. Nas duas formas promove a sensação imediata de força e bem-estar”, explica a herborista.


Hortelã - importante ter essa erva por perto quando a casa está em guerra, em tempos de turbulência e conflitos. Ajuda a dissolver a raiva e controla as atitudes precipitadas. “Essa planta tem efeito calmante e harmonizador. Tê-la em vasos ou arranjos, tomar chá ou banho com ela apazigua os ânimos”.


Salsinha - famoso tempero, também é conhecido como a erva da juventude. Cultivar um vaso ou canteiro de salsinha traz entusiasmo, restaura a força e a saúde dos moradores. “Além de ser um anticanceroso intenso e de regular o ciclo menstrual, a erva, usada no banho de infusão, elimina as energias negativas do corpo e dá ânimo”.


Louro - erva da fama e da glória. Na tradição greco-romana, imperadores, heróis e poetas usavam coroas de louro como sinal de que eram pessoas muito importantes. Ela tem propriedades purificadoras e relaxantes. “As folhas frescas ou secas mantêm-se sempre verdes. Colocadas no quarto, sobre a mesa ou no armário de roupas exalam perfume suave e atraem êxito”.


Mirra - essa preciosa erva de origem oriental foi oferecida pelos Reis Magos ao menino Jesus recém-nascido. É uma planta de protecção e cultivá-la num vaso na entrada da casa traz bons fluidos a quem chega, protegendo os ambientes de qualquer negatividade. “Coloque as folhas em peneiras e, depois de secas, queime-as. É um incenso natural muito agradável”.


Alecrim - erva da felicidade e do amor: “Quem está procurando um namorado deve guardar sempre um galhinho junto ao corpo”. O nome científico é Rosmarinus officinalis, que quer dizer orvalho do mar, simbolizando a inocência. Essa planta é forte e ao mesmo tempo delicada, gosta de sol e de vasos grandes. Em arranjos, os galhos combinados com rosas são a própria expressão do romantismo. As bruxas da Idade Média costumavam queimar alecrim para espantar maus espíritos, purificar a energia de pessoas e lugares. “Isso vale até hoje. É uma planta espiritual, evoca fidelidade e recordações felizes”.


O objectivo desta sessão é dar "referências" e não visa fazer a cabeça de ninguém para interromper tratamentos alopáticos sem orientações de um fito terapeuta, ou medico naturalista. Os riscos de qualquer beberagem que é feita de forma abusiva e sem o devido conhecimento, ainda que a substância seja natural, já está comprovado. O termo "veneno" (poison) vem das poções à base de ervas preparados pelas pitonisas, magas e feiticeiras para serem usadas como remédios ou afrodisíacos.

Fonte: http://www.xamanismo.com.br