PLANTAS DE CASA

Formas na versão do utilizador de observar e cuidar de plantas de interior.

Diversos assuntos serão abordados neste blogue destinado a todos os que gostam de plantas e que somente possuem uma pequena varanda ou o espaço interno da casa para as colocar.

De uma forma simples, irei revelando pequenas dicas e conselhos sobre como desfrutar melhor das mesmas pela auto experiencia e observação de resultados de outras pessoas que jamais compraram um livro de plantas ou de jardinagem.

Por todo este blogue é possivel tambem encontrar outros textos relacionados com plantas e links direcionados a outras paginas de grande interesse sobre este assunto, visita-os para informações adicionais!...




EEem.

.
.

22/02/09

DROSERA

Biotipo
Drosera (adelae, burmanii, aliciae, binata, collinsiae, spathulata, schizandra)
Familia:Droseraceae
Origem:os 5 continentes
Tipo Armadilha:semi-activo
Dimensão:de 1cm a 1m
Temp:18-35ºC (Verão) 5-16ºC(inverno)
Substracto: 75% turfa e 25% areia
Luz:directa (indirecta no verão)
Humidade:70-85%
Dificuldade:Delicado dependendo das espécies

As Droseras estão presentes em todos os continentes (menos a Antártida) mas a grande maioria vive no hemisfério sul.
A grande parte das espécies vive em lugares húmidos. O género Drosera apresenta uma grande variedade de formas, com folhas redondas ou filiformes, simples ou divididas. Encontramos plantas muito diversificadas, em alguns casos podendo atingir 1m de altura (Drosera gigantea) e em outros somente 1cm (Drosera pygmaea).

As Droseras partilham todas a disposição de "pelos" nas folhas que segregam uma substancia viscosa e brilhante ao sol. Essa substância é utilizada na captura e atracção das presas.

O nome de Drosera vem do grego Droseros que significa "recoberta de orvalho", fazendo alusão as gotículas que a planta segrega.

Como apanha as presas
Essas gotículas são muito atractivas para os insectos, os reflexos do sol nessas gotas simula o orvalho e atrai os insectos na sua busca de água em dias quentes.
Os insectos ao pousarem na folha são imediatamente presos por essa substância que os enganou de início. Ao tentar fugir, só pioram a situação. Os insectos são recobertos do "muco transparente" e os movimentos estimulam a planta a inclinar os tentáculos circundantes a se aproximarem do insecto.
A planta acaba por envolver o insecto por completo e dando inicio o processo de digestão.

O movimento dos tentáculos movimentou o insecto para o centro da folha onde se encontram as glândulas que segregam o líquido digestivo. Esse líquido vai dissolver as partes "moles" do insecto para as transformar em substâncias nutritivas para a planta. As substâncias nutritivas são absorvidas pelos pêlos que não possuem gotículas.

Em algumas espécies podemos observar a planta que envolve o insecto por completo, aumentando a superfície para uma digestão mais rápida.
A velocidade deste movimento pode demorar entre 2 minutos a vários dias dependendo das espécies.
Uma vez o insecto assimilado, a folha pode demorar algumas semanas a voltar ao estado original.

Nunca vaporize a planta, as glândulas que segregam as gotículas são muito frágeis e são danificadas pela vaporização. Utilizar esfagno húmido é bastante benéfico para esta planta carnivora.

Os diferentes grupos
Os especialistas dividem estas Droseras em 4 grupos segundo as suas origens climáticas e especificidades. As Droseras de climas temperados ou climas tropicais, Tuberous Drosera e Drosera pygmaea.

As Drosera de climas Temperados
As principais espécies: Drosera aliciae, binta, brevifolia, burmanii, burkeana, filiformis, intermedia, regia e villosa. São plantas carnivoras que se caracterizam pela grande amplitude de temperatura que podem suportar. Encontramos também algumas espécies rústicas neste grupo.

Estas espécies não rústicas podem passar o Inverno numa varanda desde que a temperatura seja superior a 5ºC. A rega é reduzida ao mínimo e disponham de uma grande luminosidade. As plantas ganham ao serem colocadas no jardim, a meia-luz, a partide de Outubro.

As Drosera de climas tropicais
As principais espécies: Drosera adelae, affinis, burmanni, collinsiae, indica, madagascariensis, nidiformis, neocaledonica, prolifera, petiolaris e spathulata.
Vivem na sua maioria em África e Austrália (por vezes na Ásia). Todas apresentam um crescimento contínuo, característico das plantas tropicais. Algumas podem necessitar de uma época de repouso, o que corresponde à época de seca no seu habitat natural.

Estas plantas são cultivadas em terrarios porque necessitam de uma grande humidade, perto da saturação. Uma temperatura contante (24-25ºC, 20º de mínimo) também é benéfica para umas plantas saudáveis. Estas Droseras apreciam um substrato composto de 30% de areia, 30% de turfa e 40% de esfagno. A base dos vasos deve estar frequentemente com 1 a 2cm de água.

Drosera a tubérculos e Drosera pygmaea
As tuberous Drosera
As principais espécies; Drosera auriculata, andersoniana, bulbosa, gigantea, fimbriata, orbiculata, pallida e rosulata. São plantas carnivoras que se adaptaram a condições climáticas desfavoráveis em certos períodos de seca. Estas Droseras desenvouma técnica engenhosa. "Criam" um tubérculo que lhes permite sobreviver a esse período num estado de dormência

As espécies que desenvolveram os tubérculos são originárias de Austrália e algumas na Ásia subtropical. Estas plantas são portanto plantas carnivoras que se desenvolvem durante o Inverno e entram em período de dormência durante o verão. As raízes dessas droseras são finas, cobertas de numerosas raízes radiculares que lhes permite ir burcar o máximo de água possível. Estas plantas produzem geralmente grandes flores de cor rosa.



Para uma boa cultura dessas droseras a tubérculo é necessária a utilização de 75% de turfa e 25% de areia (um substrato clássico)
O repouso é vital para um desenvolvimento sáudável destas especies. No final da primavera, assim que observar uma diminuição do crescimento, deve tentar "secar" o substrato lentamente. A dificuldade no cultivo desta espécie é precisamente o "timing" que permite à planta entrar no estado de dormência. De notar que o substrato não deve ficar sem humidade, coloque o mesmo com 1 a 2cm de água uma vez por semana para não provocar a morte da planta.

As Drosera pygmaea
As principais espécies são: Drosera androsacea, drummondii, barbigera, ericksoniae, hyperostigma, leucoblasta, miniata, pygmaea, nitidula, occidentalis, pulchella, scorpioides entre outras. As Drosera pygmaea são originárias da Austrália, Tsmania e da nova Zelândia. São minúsculas plantas carnivoras que medem geralmente menos de 1Cm. Tem a característica de se desenvolveram durante o Inverno, semelhantes às de tubérculos.
São plantas que necessitam uma temperatura elevada durante o seu crescimento, mas não suportam mais de 5ºC durante a dormência. Utilize um substrato de esfagno e perlite ou turfa e areia.



2 comentários:

Crisflor disse...

Oi. Tenho duas droseras: campesis e spatulata. Comprei as mudas e ambas estão definhando. Vi muitas indicacoes na internet mas seguirei a sia. Vou trocar de vaso e seguir sua orientação 75%/25%. Tenho turfas puras e areia de construção. Espero de elas se regeneram. Não é fácil encontrar estás mudas por aqui e não quero perde-las. Vamos lá.

Crisflor disse...

Oi. Tenho duas droseras: campesis e spatulata. Comprei as mudas e ambas estão definhando. Vi muitas indicacoes na internet mas seguirei a sia. Vou trocar de vaso e seguir sua orientação 75%/25%. Tenho turfas puras e areia de construção. Espero de elas se regeneram. Não é fácil encontrar estás mudas por aqui e não quero perde-las. Vamos lá.