PLANTAS DE CASA

Formas na versão do utilizador de observar e cuidar de plantas de interior.

Diversos assuntos serão abordados neste blogue destinado a todos os que gostam de plantas e que somente possuem uma pequena varanda ou o espaço interno da casa para as colocar.

De uma forma simples, irei revelando pequenas dicas e conselhos sobre como desfrutar melhor das mesmas pela auto experiencia e observação de resultados de outras pessoas que jamais compraram um livro de plantas ou de jardinagem.

Por todo este blogue é possivel tambem encontrar outros textos relacionados com plantas e links direcionados a outras paginas de grande interesse sobre este assunto, visita-os para informações adicionais!...




EEem.

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10/07/11

CACTO DA PASCOA



Nome Botânico:
Rhipsalidopsis gaertneri Regel
Sin.: Hatiora gaertneri, Schlumbergera gaertneri
Nomes Populares:
Cacto da primavera, cacto do natal, cacto da pascoa
Família:
Família Cactaceae
Origem:
Sul do Brasil


Descrição:
Planta herbácea, pertencente à família dos cactos, xerófita, sem espinhos, de cladódios achatados, segmentados e de bordas dentadas ou não. A altura é variável mas normalmente é de 30-40 cm.


A planta apresenta a forma de cascata, preenchendo rapidamente todo o vaso.




As flores são vistosas de tamanho entre 4 e 7,5 cm, com pétalas delicadas em vários tons de rosa, vermelho, laranja, amarelas, brancas, curvas para fora, dando o aspecto de um sino vistas lateralmente.


Floresce na primavera e no Brasil entre Setembro e Outubro.
No hemisfério Norte, esta época corresponde à Páscoa e então este cacto recebe o nome de cacto-da-Páscoa (Easter cactus).


Esta planta pode ser cultivada em todo o Portugal sem problema algum.


Modo de cultivo :
Aprecia local bem luminoso mas de preferência sem sol directo, no entanto uma ou duas horas pela manhã de sol directo não lhe fazem mal, no entanto aprecia mais e floresce melhor à meia sombra, pois no Brasil é nativo das matas abertas mais para o Sul do país. Lá tem carácter epífito mas pode-se cultivá-lo em vasos como pendente, amarrados a árvores e em muros vegetados para o jardim vertical.


Em vaso o solo de cultivo deve ser poroso, com bastante material orgânico, mais para ácido, pois costuma se desenvolver em ramos de árvores, sobre o acumulo de excrementos de pássaros e folhas decompostas.



Plantio em vasos:
Para vasos, utilizar recipientes de barro preferencialmente, mas também se pode utilizar os de plástico de menor peso.
Forrar o fundo com brita e areia húmida ou então colocar um pedaço de geomanta sobre os furos de drenagem.
Se quiser fazer você próprio o seu composto deve misturar adubo animal de curral bem curtido com composto orgânico ou trufa modificada e adicionar areia, numa proporção de 1:4:2.




Na muda de vaso, plantar abrindo um buraco do tamanho do torrão, cuidando para não danificar as raízes nem quebrar os segmentos.
Apertar a muda ao de leve, colocar o arame ou outro material resistente em tripé em volta do vaso para pendurar caso o pretenda e já está.


A adubação poderá ser feita antes da floração, adicionando adubo liquido para suculentas ou outro na formulação NPK 4-14-8 seguindo as instruções do fabricante.
A humidade também é importante para este cacto, assim como para o cacto do natal ou cacto de maio como é conhecido no Brasil (Schlumbergera).
Os seus cladódios (segmentos) não podem murchar, necessita por isso de regas periódicas e beneficia de algumas pulverizações de agua nos dias de maior calor, no entanto as flores não devem ser molhadas.


No inverno ou em períodos chuvosos reduzir as regas, mas durante o início da floração deverão ser mais frequentes.




Propagação:
Este cacto é bem interessante para fazer reprodução por semente ou por estaca


Mudas a partir das sementes:
Este tipo de cacto produz facilmente sementes caso as flores velhas não sejam retiradas para que as cápsulas se formem, no entanto somente as plantas que estiverem no exterior as produzem pois serão polinizadas pelos insectos. Dentro de casa isso poderá ser feito manualmente com um pincel macio, mas as chances de sucesso não são muito grandes, apesar de não custar nada tentar.
A polinização manual é geralmente utilizada para conseguir novas cores de flores.


Para fazer a propagação poderá utilizar as sementes que são bastante viáveis, semeando em substrato inerte como a casca de arroz carbonizada ou terra comum de canteiro e areia misturadas.
Peneirar em caixotes e semear, mantendo coberto e húmido este substrato até ao nascimento.
Quando for possível manusear, transplantar para mistura semelhante ao do plantio.

Mudas por segmentos de ramos:
Para propagar poderá usar também os segmentos dos ramos, o que torna muito mais rápido o processo.


Retirar da planta-mãe os segmentos, 1 até 3 unidades por ramo, colocando sobre jornal velho para fechar a ferida. Quando notar que se formou uma película (2 dias), poderá plantar em areia, casca de arroz carbonizada ou perlita miúda. Manter sempre a humidade e cobrir com plástico.


Este método origina plantas iguais á planta mãe...
Quando notar que enraizaram, transplantar para mistura semelhante ao que recomendei para vasos.




Paisagismo e uso decorativo :
Pode ser usado em vasos como pendente e sob determinadas condições sobre ramos de árvores pois na verdade este cacto é epifito.
Para muros vegetados usar recipientes do tipo meio-vaso de plástico.
Os segmentos são bem firmes se a planta for mantida com boa quantidade de água, então no meio da vegetação do muro poderá sofrer pouco dano com ventos.
Poderá ser agrupada em vasos de grupo e combinada com orquídeas e bromélias, mas não com samambaias ou fetos que abafariam a planta.


È muitas vezes confundida com outro cacto, o Schlumbergera, conhecido como  cacto do Natal, mas apesar do cultivo ser o mesmo, as flores são bem diferentes.

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